Marta Pereira de Almeida, Marco Antonio Leandro Barzano, Dilza Bispo Bastos, André Carneiro Melo

O principal objetivo deste trabalho é identificar e valorizar outros modos de pensar e estar no mundo, que leve em consideração o espaço de possibilidades que dinamizam a ligação dos seres humanos em processos simbióticos com a natureza e para isso destaca-se a relação do Rio Verde com a comunidade quilombola. Articula-se uma perspectiva de investigação decolonial e vislumbra-se a possibilidade de entender a biodiversidade somada a uma produção cultural dos territórios, valorizando a cultura material e imaterial das comunidades locais. Trata-se de uma pesquisa qualitativa de cunho etnográfico, em que as conversas com sujeitos foram privilegiadas. Os resultados apontam que foi possível desvelar saberes que se organizam nos modos de vida dessa comunidade, expressos nas formas de saber/fazer/pensar/sentir a biodiversidade presente nos discursos e nas práticas cotidianas na relação com o Rio Verde. Ao refletir sobre seus saberes, os/as quilombolas reviveram suas experiências e ressignificaram suas memórias bioculturais.