Carlos Roberto Ferreira
Carlos Roberto Ferreira
A prática do aceiro está presente há mais de um século, na história de lutas, no cotidiano da Comunidade Quilombola Mata Cavalo. Trata-se, de um lado de evocar o termo aceiro, considerando as diversas formas que a Comunidade encontra na prática de limpezas entre uma área e outra da vegetação, para que esta esteja protegida do fogo. De outro lado, de metaforizar o termo, para tentar entender as diversas formas com que a Comunidade se organiza para se proteger do fogo armado e comunicar as injustiças ambientais. Trataremos do aceiro histórico, como uma introdução histórica; do aceiro encantado e do aceiro imaginário, para tentar revelar as catástrofes e reivindicar justiça ambiental. O fogo fenomenológico está presente na Cartografia do Imaginário, onde, na combustão da chama encontre na resistência quilombola, a mudança desejada, o processo de busca, de desenvolvimento e de engajamento, na construção dos aceiros de resistências políticas do quilombo.