Angélica Cosenza Rodrigues, Camila Neves Silva

Alterações climáticas e processos evolutivos ao longo da história da Terra podem ser compreendidos pelo olhar da Paleontologia, ciência que leva a nos inserirmos na história do planeta, como constituintes do meio ambiente. Porém, essa ciência é ainda pouco (re)conhecida e ligada à Educação Ambiental no Brasil, especialmente em sua vertente crítica. Com o objetivo de discutir relações entre os campos da Ecologia Política e da Educação Ambiental em sua relação com a Paleontologia, este ensaio foi produzido a partir de um levantamento que tornou visíveis as vulnerabilidades socioambientais de sítios paleontológicos. Pensamos que tomar a Paleontologia nas relações defendidas pode ser um importante caminho para reverter a mercantilização desses sítios e a desigualdade socioambiental neles encontrada, bem como o risco iminente de um conservadorismo em práticas educativas, que se dá em meio a atual conjuntura política que favorece discussões sobre Terra plana e o negacionismo da Evolução.